quinta-feira, 27 de maio de 2010

Cena - Festa do Ridículo.

Oieam!! Estou de volta com muitas coisas novas! Mas também, tem os acontecimentos passados, então, resolvi que vou alternar as postagens entre as cenas atuais e as mais antigas, até conseguir atualizar, ok? Agora falarei do dia 10de abril. Apertem os cintos, e boa viagem! =D



Estou de volta! Nesse fim de semana tivemos muitas visitas! Foi o aniversário de Fabi, a namorada de Celso, e daí começou o movimento. Vieram muitas pessoas diferentes das que costumam frequentar a Colina e gosto disso, aliás, é uma das coisas que mais amo na vida, conhecer novas pessoas e fazer novas amizades! O dia estava ensolarado! O clima perfeito para a festa que haveria logo mais.





Na minha terra temos um bloco carnavalesco que tem o nome de CAFUÇU. Mas o que danado seria isso? Plumas, paetês, bom humor, exagero e glamour são os ingredientes principais de um autêntico cafuçu. Hum... tem também a cafuceta, que são as mulheres. O personagem tem de ser completo, maquiagem exagerada, um penteado “moderno” e um figurino esdrúxulo. A discrição não é uma de nossas características, mas, alguns acanhados, que não têm a alma cafuçu, esforçam-se para alcançar um pouco de nosso charme e usam ao menos uma gravata colorida ou um par de anteninhas brilhosas, o que é quase em vão, pois nós temos um estilo inconfundível! Digo nós, pois sou uma legítima cafuceta! O som que mais se encaixa conosco é o brega e gêneros parecidos. Muito comum tocar “Você é doooida demaaais, doida, muito doida, você é doooida demais!” e o clássico “Fuscão preeetooo”. O bloco não sai com trio elétrico, seguimos pelas ruas do centro histórico ao som das bandinhas que tocam as famosas marchinhas, “Mamãe eu quero, mamãe eu quero mamaar”, “Eu mato, eu mato quem pegou minha cueca pra fazer pano de prato” entre outras. A atitude cafuçú é o que mais me atrai, pois, nos tornamos todos iguais, unidos com o mesmo propósito: de uma forma irreverente, nos divertirmos juntos recordando os antigos bailes de carnaval.




Há aqui no clube algo parecido com o cafuçu, é a Festa do Ridículo! Quando soube que seria neste final de semana, me animei toda. Acordei no sábado já pensando em que roupa vestiria, já que todo o meu acervo ficara para trás! Abri meu guarda-roupa e fui juntando as peças... Um short de borboleta com uma calça por baixo, uma blusa listrada um lenço de rosas na cabeça... foi o mais próximo que consegui chegar de uma cafuceta. No final do dia, vim correndo para casa me produzir. Dai (minha amiga e também companheira de trabalho) e eu, combinamos de fazer a maquiagem lá no restaurante (onde foi a festa). Fizemos uma make no estilo, com muitas cores radiantes, e ao dar uma volta no salão, as outras mulheres da festa foram atrás de nós para fazerem maquiagens modernas e super d+ que nem as nossas! Foi bem divertido, o banheiro tornou-se um salão de beleza e a turma entrou mesmo no clima! Quase duas da matina e som rolando! Aproveito e libero minha bailarina interna, a musa que me inspira para as minhas dancinhas ridículas! =P A noite foi mesmo muito divertida. E por hoje é só. Depois tem mais. Um forte abraço a todos e muita Luz!





Com AMOR, Rayssa Neves de Sousa.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Cena- Tenho uma horta hey hey hey!!!

Oiii diário!! Continuo empolgada para a realização de um dos meus sonhos! Lembra quando disse que mudei minha alimentação e tal, claro que lembra né? As vezes esqueço que quem tem a memória ruim aqui sou eu. =P Então, quando comecei a preparar as minhas saladas, pensei...BATATA!! Vou plantar aqui no jardim de casa minhas próprias comidinhas, seria mais saudável e eu poderia realizar o meu sonho. Sempre lembrando da magia do pezinho de feijão. Mas não passei da vontade, pois tínhamos um cachorro e acho que minhas plantinhas não teriam uma grande longevidade. Também lembra-se que falei que cuidaria da horta aqui na Colina? Minha motivação instigou meus amigos. Aguardamos a chuva chegar e passar, para molhar a terra e deixar mais fácil o manuseio. Passados alguns dias Celso disse: -Hoje vamos capinar. Eu: - Uhhhuu!! Adoro capinar!! Na verdade nem gosto muito, fiz isso uma vez e fiquei toda moída no outro dia. Mas penso que se tem algo para ser feito, não espero pelos outros, se não a coisa não anda. Pus um chapéu de palha, uma luva e meti a mão na enxada. Vamos para roça! Ao chegarmos lá, haviam ainda umas mudas de cebolinha e salsinha, e enquanto capinávamos, achamos beterrabas, cenouras, pimentões e berinjelas também! Fiquei muito feliz e até me identifiquei com a horta, vi a força, a perseverança e a fé que ela tinha. Sei que no fundo, ela sabia que alguém iria lá e daria continuidade ao trabalho iniciado. E eu tive que vir lá de João Pessoa para cuidá-la com todo amor e, claro, por tabela, realizar o meu sonho!=D

Falando em vir lá de João Pessoa, vocês não devem estar entendendo nada. Ué, como assim essa pessoa sai láááá de onde o sol nasce primeiro, onde tem calor em todas as estações e vem parar no extremo sul do país? Surtou? Cortou relações com toda a sua família? Saiu devendo e deu o calote nas pessoas? Seria uma foragida???????? Nada disso... Simplesmente eu estava a fim de viver em tempo integral o que praticava na minha vida, o NATURISMO EM SUA VERDADEIRA ESSÊNCIA. E como isso aconteceu? É um pouco longo, e outro dia eu conto. Se tiverem paciência de ler até o final, terão um exemplo claro do que é ter coragem e fé. Fé em si mesmo, na voz do coração. Por hoje, quero terminar o episódio da horta, estou inquieta querendo contar minha experiência!

Meu primeiro trabalho foi arrancar os matos de um espaço que ainda estava delimitado, e, com muita empolgação, o fiz. Por hoje, seria só isso. Quando vi que o negócio havia engrenado comecei a dançar uma das minhas dancinhas ridículas (adooooroo) e a cantar: “Tenho uma horta, tenho uma horta, hey, hey, hey!! Uma horta hey, uma horta hey, hey!!!” Auiahuiahuiahiauh Fiquei toda boba e passei o dia todo cantando isso! Uma horta hey, uma horta hey, hey! No outro dia, amanheceu com menos de dez graus, mas o frio não foi barreira, tomei meu café, coloquei a vestimenta de camponesa e fui-me para horta! Desta vez, meu trabalho foi preparar os canteiros, ou seja, com a enxada, delimitar o espaço de cada um e depois com o ancinho, alinhar a altura deles. Tinha que ser tudo bem feito, bem retinho, para que fosse duradouro e não desmoronasse na primeira chuva. Passei uma manhã inteira para completar um único canteiro, fiquei lambendo com o ancinho toooda orgulhosa e sempre cantando: “Tenho uma horta hey, uma horta hey hey!” O próximo passo será plantarmos as mudinhas. Quando fizermos, falarei para vocês. Um bju beem grande e até maaais!! =D

Com AMOR, Rayssa Neves de Sousa.



sexta-feira, 7 de maio de 2010

Querido Diário...

Querido diário... Oops... acho que esse não é bem o meu estilo.


Sempre senti que minha vida fosse um filme. Ora cenas de filminhos “água com açúcar”, vocês sabem... aqueles com historinhas de vida ou com bichinhos, ora romance, com aqueeele mel de tanto doce. Tive também momentos não tão agradáveis, quase de terror!!! Calma. Nada de assassinos com serras-elétricas ou algo do tipo, mas acontece que os problemas da vida, dependendo da forma como os vemos, acabam tornando-se monstros que nos perseguem até nos arrancarem o último suspiro!! E acho que, para muitos, a vida não é tão fácil, como também não era para mim, mas tudo depende da perspectiva e hoje, com uma nova visão, agradeço pelos momentos de sofrimento e as situações difíceis que passei, pois com eles pude aprender e me tornar uma pessoa mais sábia e feliz, e não mais triste e amargurada. Uma coisa eu lhes digo: o caminho mais rápido para ter uma visão simples das coisas é uma boa dose de bom humor. Na verdade, diria que minha vida é uma comédia temperada com outros gêneros.






Hoje estou super eufórica!! Um dos sonhos da minha vida sempre foi ter uma horta! Gosto muito de brincar com a terra e, no colégio, quando fizemos a experiência de colocar o feijão num copo com algodão... UUAAuu!!! Achei fantástico acompanhar o crescimento! Em poucos dias meu pezinho já estava com folhinhas, dando brotinhos e crescendo...desenvolvendo. Aquilo, para mim, foi mágico e ficou gravado na minha memória com muito carinho (como poucas coisas ficam, pois tenho uma péssima memória =P). O que também contribuiu para esse sonho foi o fato de que há uns três anos tive uma intoxicação alimentar, meu intestino não estava preguiçoso, ele simplesmente vivia de greve. Então, tudo que eu comia ficava em mim. Eu amava calabresas, sanduíches gordurosos e um booom frango frito. Verduras? Legumes? Passavam longe do meu prato e, claro, isso não deu muito certo. Quando não damos atenção para nosso corpitxo, chega uma hora que ele diz: "Parei contigo ta?! Não aguento mais tudo isso!" E essa hora chegou, tive que reeducar minha alimentação. No começo foi difícil, mas depois eu fui gostando e, hoje, salivo ao ver um prato de alface com azeite e sal.


Ao chegar aqui na Colina, disseram-me que havia uma horta, mas que há um ano estava desativada. Meus olhinhos brilharam e vi ali a real oportunidade de ter uma horta!!! Seria a minha horta! =D O povo disse que ela tinha dado belos pés de alface entre outras coisas, mas que ninguém mais se dispôs a cuidar e o mato cobriu tudo! Por um instante coloquei-me no lugar daquele pobre pedaço de terra, que, sem manutenção, não passaria daquilo e me senti tão triste, solitária... Depois desse momento quase fúnebre, disse: - SIIIMM!! Eu me interesso em reativar a horta, se me ajudarem no trabalho pesado me responsabilizo pelo resto (mesmo sem saber qual seria este resto).


Eita... estou falando e falando (o que é bem comum =P) mas ainda não me apresentei, seria bom saber sobre quem estão lendo né? Ok, vamos lá! Meu nome é Rayssa Neves de Sousa, sou naturista e vim lá da Praia de Tambaba. Morava com a minha mãe em João Pessoa, PB, e trabalhava no Tropical Hotel Tambaú e no Hotel Verde Green com a Equipe do Bem-Estar Terapias Natturais como massoterapeuta. Sim, os verbos estão no passado. Não que eu tenha ficado desempregada e sem teto, é que mudei radicalmente minha rotina, aliás, nem a tenho mais! Vim de mala e cuia, como se diz na minha terra, trabalhar, morar, viver e continuar sendo feliz aqui na Colina do Sol, e, a partir de hoje, dividirei com vocês cenas do filme da minha vida, escreverei em meu diário os fatos mais significativos, ou seja, todas as bobeiras e as histórias ridículas também, pois valorizo cada momento. Será um prazer estar com vocês. Um forte abraço e muita Luz!


Com AMOR, Rayssa Neves de Sousa.